segunda-feira, novembro 23, 2009

Como escrever bem e paixões pela escrita

 
 

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via Canastra de contos by Ana Cristina Melo on 22/11/09

Ainda da revista Conhecimento Prático Literatura, edição 26, uma ótima cobertura na seção Almanaque.

Transcrevo abaixo.

* Como escrever bem, segundo Kurt Vonnegut

1. Ache um tema que te importe
2. Mas não fique fazendo muitas digressões.
3. Mantenha tudo simples.
4. Tenha coragem de cortar seu texto.
5. Seja você mesmo.
6. Diga o que você quer dizer.
7. Tenha dó dos leitores.

* Regras de Orwell para Escritores

1. Se for possível cortar uma palavra, corte-a;
2. Nunca use uma palavra longa se você puder usar uma curta;
3. Nunca use um verbo passivo quando você puder usar um ativo;
4. Evite palavras técnicas e estrangeiras;
5. Nunca use uma metáfora que você já tenha visto impressa;
6. Quebre qualquer uma dessas regras para evitar algo simplório.

PREDESTINAÇÃO

Em sua autobiografia, Viver para contar, Gabriel García Márquez conta que inventava histórias desde criança. Tendo vivido na mística casa de seus avós maternos, não foi difícil para o pequeno Gabo iniciar a criação de um universo fantástico, que mais tarde cumularia no mundo etéreo pelo qual seus personagens transitam. Na escola, Gabriel admite ter sido sempre uma tragédia, sempre lendo debaixo dos bancos ao invés de prestar atenção à aula. O escritor conta que tem pena de seus revisores, que sofrem com seus erros primários de ortografia.

Na juventude, seus pais juntam as parcas economias da família e mandam Gabriel para estudar Direito em Bogotá. Mas a predestinação do rapaz para com as letras não arrefece e ele começou a a contribuir em periódicos e a frequentar a alta roda cultural colombiana. Em pouco tempo, a literatura o absorve completamente e ele opta por deixar o Direito, indo de encontro a todas as esperanças da família e ainda que isso implique em fome, necessidade e em dormir em bancos de praça.

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Jorge Luis Borges sempre socializou mais entre livros que entre pessoas. Ele repetidamente afirmava nunca ter saído da biblioteca paterna, na qual passou a infância, tendo por brinquedos as letras. Mas a cegueira esgueirava-se feito um tigre atocaiado, tirando-lhe suas fiéis companheiras de tinta. Jamais deixou de ler ou escrever, por mais que essas palavras já não mais pudessem ser aplicadas: compunha o máximo possível por detrás dos olhos e só então ditava o texto a ser escrito, para a mãe ou uma secretária. Também confiava nos olhos de outros para continuar com sua vasta leitura, que emprestava vozes femininas a Chestertons, Kafkas e Heines. Lia e escrevia como podia. Muitas vezes, como não podia, autografando cópias de seus livros apenas com a lembrança de como eram os traços. Mas nunca deixou de lado sua primeira paixão. Certa vez disse, em inglês, numa conferência: "Como sabem, eu me aventurei na escrita; mas acho que o que li é muito mais importante que o que escrevi. Pois a pessoa lê o que gosta - porém não escreve o que gostaria de escrever, e sim o que é capaz de escrever."

 
 

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Blogs na educação

 
 

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via Boteco Escola by jarbas on 20/11/09


Faz algum tempo que dei uma entrevista para a jornalista que cuidava da divulgação de um evento sobre tecnologia educacional. Infelizmente nada do que escrevi em resposta às perguntas que a moça me fez por escrito foi aproveitado. Eu não disse nada que pudesse dar manchete ou alimentar chamadas na direção das expectativas populares quanto a novas tecnologias. Essa é uma das dificuldades de conversa com quem só pensa em notícia, em vez de valorizar informação.

Numa das respostas, exemplifiquei meu modo de pensar com um longo comentário sobre uso de blogs em educação. Minha fala repete algumas coisas que já disse aqui no Boteco. Mas, há nela alguns aspectos novos. Para que minha proposta de conversa não se perca, e para obter feeback de alguns leitores que queiram prosear, aqui vai o que disse na ocasião:

[...]Pelo que escrevi até agora, a primeira pergunta não deveria ser uma indagação sobre imaginação pedagógica. Essa não é a questão central em usos das novas tecnologias da informação e comunicação em educação. O que está em jogo é uma compreensão do que é tecnologia educacional. Em conversas com meus alunos, tenho insistido numa definição enganosamente simples, a fórmula TC=F+I. Ou seja, Tecnologia Educacional (TC) é o resultado de uma fusão das ferramentas (F) com a imaginação (I). Simples uso de ferramentas não é tecnologia educacional. Em outras palavras, tecnologia educacional é conhecimento, não máquinas e equipamentos.

Temo que essa crítica ao deslumbramento satisfeito, que acha que materiais bem arrumados na Web, atividades de educação à distância, softwares de multimídia etc. são avanço tecnológico significativo, seja ignorada.  Ela não é óbvia, evidente. A convicção generalizada é a de que simples usos dos equipamentos é tecnologia. A imaginação é uma insigne ausente no caso.

Deixe-me apresentar um pequeno exemplo. Num trabalho de uso de blogs em educação, percebi que muitas pessoas simplesmente transcrevem textos didáticos para os posts. O resultado é uma obra sem agilidade, sem atração, sem a marca de conversação que caracteriza os weblogs.

Blogs são sobretudo espaços de encontro para a negociação de significados. Para que tal característica exista, é preciso que os textos possuam certas virtudes literárias. Mas não é só isso. Blogs são instrumentos numa rede de informação e comunicação. Por isso os textos precisam ser escritos com hiperlinks que bem aproveitem as informações disponíveis na Web. Mas isso não pode ser feito apenas "tecnicamente". Usar hiperlinks é atividade que supõe construção de textos com possibilidades de leituras em camadas. Por isso é preciso produzir textos que dêem ao leitor possibilidades de explorar o ambiente informativo da Web (tal circunstância muda muito como escrever; produzir textos para serem colocados numa tela e, além disso, ligados a muitos outros textos ao alcance de uma clicada muda muito (ou deveria) o ato de escrever).

Exige-se aqui um discurso diferente daquele produzido em papel. E mais, o autor precisa construir um texto integrado com possíveis imagens. Outra coisa, comunicações em blogs são convites para uma conversa; o autor, portanto, precisa pensar em iniciar algo que terá desdobramentos nos comentários feitos por outros. Os comentários, no geral difíceis de prever quanto a conteúdo, ênfases, estilos etc, farão parte de uma obra que sempre poderá ser revista, alterada, enriquecida pelo autor e pelos leitores. As ferramentas disponíveis possibilitam todas as coisas que mencionei aqui, mas concretizá-las depende de talento do autor ou autores.

Acrescento mais algumas considerações sobre os blogs. Aparentemente essa ferramenta é um local onde autores podem publicar textos na forma de diários. Por isso, muitos educadores vêem os blogs como um bom instrumento para desenvolver capacidades de redação. Mas a idéia é muito limitada.

Blogs são sobretudo um ponto de encontro, um espaço público de conversação. Assim, a melhor metáfora para os blogs não são os diários. É mais adequado pensar os blogs como locais onde as pessoas podem dizer a própria palavra. Eles, assim, podem ser comparados com a praça pública ("a praça é do povo") ou com a velha ágora grega, o local público onde os cidadãos se encontravam para exercer a democracia direta por meio da palavra e do voto. Outra possibilidade: os blogs se assemelham aos velhos cafés parisienses do século XIX, espaços públicos importantes onde a conversa era livre. Indo mais longe: blogs são como botecos, onde a conversa corre solta e onde qualquer assunto é bem vindo. A escrita, posts e comentários, os links, as imagens são apenas aparências que encobrem a realidade mais profunda dos blogs, um espaço virtual de encontros humanos.

Todas essas idéias sobre os blogs são frutos de criações que foram se desenvolvendo no tempo. Hoje, educadores que queiram utilizar blogs em seu ofício precisam saber que a ferramenta gerou um modo de comunicação inicialmente inesperado. As aparências enganam…


 
 

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Blogar pra que?

via GR

 
 

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via Boteco Escola by jarbas on 19/11/09


Quando proponho trabalho com blogs para meus alunos, uma pergunta sempre aparece: blogar pra que? A resposta não é simples. A resposta, no caso, precisa fornecer argumentos que mostrem vantagens e usos muito mais consistentes que entusiasmos com a ferramenta.

A questão foi abordada num dos blogs que este Boteco relaciona como referência, o ambiente da Lilia Efimova. Num de seus posts, a autora faz um apanhado que vou traduzir livremente e adaptar para conhecimento dos fregueses desta casa. Aqui está minha versão de escrito no qual Lilia mostra vantagens do blogar para gente que anda investigando um assunto qualquer e pretende compartilhar suas descobertas com uma comunidade de interesse.

O texto tem mais outros molhos interessantes. Mas, não vou comentá-los. Convido o amável leitor a dar uma olhada nas opiniões da Lilia, um tanto quando modificadas por minha tradução e adaptação.

Uma das coisas que assusta pessoas que não blogam é o tempo. Num mundo com tantos compromissos, blogar parece ser mais um deles. E é certo, é preciso tempo para:

  • Familiarizar-se com as ferramentas.
  • Construir uma rede.
  • Estabelecer relações com outros conversantes.
  • Ganhar credibilidade.
  • Encontrar e acompanhar fontes confiáveis.

Essa lista aplica-se a muitas outras dimensões da vida profissional. Entrar numa rede de conversação, com ou sem Internet, é atividade exigente. O mundo não nos procurará se não formos ativos. E blogar é uma versão de atividades necessárias se quisermos ter voz em comunidades de interesse que nos interessam. Não é uma atividade adicional, mas uma solução de integração profissional num ambiente de informação sem barreiras geográficas. Ainda não relacionei razões do pra que blogar. É hora de fazer isso, seguindo os caminhos sugeridos por Lilia;

Uso de blogs tem a ver com;

  • Consciência profissional
  • A leitura de blogs, em vez de leitura de listas e emprego de ferramentas de busca, pode proporcionar atualização em áreas de interesse.
  • Isso pode economizar tempo sempre que encontramos algo que já está pronto ou em processo.
  • Isso nos coloca num grupo de pesquisa – muitas vezes saberemos a quem recorrer para informação específica ou conselho.
  • A leitura de blogs é um modo barato de estabelecer contato com outros (desde que sejam blogueiros).
  • A publicação de blog expõe nosso trabalho e conhecimento, circunstância que facilitará o estabelecimento de contatos.
  • Os papos que rolam em blogs nos permitem obter respostas rápidas sem sermos demasiadamente entrões.
  • A prosa que acontece no pedaço gera desenvolvimento de idéias numa comunidade (na verdade em muitas comunidades).
  • Com alguma imaginação, publicações em blogs nos permitem recolher, interpretar e apresentar dados pois:
    • Ler outros blogs e ser um blogueiro nos ajudam a instrumentar a busca de dados.
    • Blogar é um bom meio para obter feedback sobre modos de apresentação de dados de pesquisa.
  • O blog pode funcionar como um caderno de pesquisa, onde:
    • Se registram notas de leitura, de pesquisa, de progresso da pesquisa, idéias, publicações.
    • São organizadas notas sobre temas para recuperação posterior e que podem apoiar o pensamento.
  • A ferramenta pode ajudar na escrita:
    • Permitindo notas preliminares [ space to start writing ] que auxiliam a começar pequeno tendo em vista textos parrudos (papers ou teses de doutorado)
    • Fornecendo espaço para começar mais cedo (or urgent )  e obter feedback sobre o texto.
  • O blog pode fornecer apoio emocional [emotional support] em aventuras investigativas
  • Trabalhos de pesquisa relacionados com o que fazemos.
  • Enredamento (um termo para sintetizar o "estar numa rede mundial de informações e interesses comuns").
  • Conversações

  • Pesquisa

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    100 Great Google Docs Tips for Students & Educators | AccreditedOnlineColleg...

     
     

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    For students and teachers, the Google Docs collection provides a streamlined, collaborative solution to writing papers, organizing presentations and putting together spreadsheets and reports. But besides the basic features, there are lots of little tricks and hacks you can use to make your Google Docs experience even more productive. Here are 100 great tips for using the documents, presentations and spreadsheets in Google Docs.

     
     

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    Habilitando o Ctrl-alt-backspace para reiniciar ambiente gráfico no ubuntu 9.10

     
     

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    sexta-feira, novembro 06, 2009

    Fórum discute saúde do professor

    via Fátima Campilho

     
     

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    via Blogosfera Marli by noreply@blogger.com (Marli) on 03/11/09

    Recado da Carmem Prata do MEC:

    Pessoal, há um novo fórum no Portal, categoria "Saúde" - CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO PROFESSOR e está sendo coordenado pelo Dr.Ricardo Teixeira, neurologista.

    "Oi professor! Este fórum propõe uma discussão sobre a saúde do educador. Seu trabalho deveria ser um meio facilitador para uma boa qualidade de vida e não um concorrente de uma vida saudável. As deficiências nas condições de trabalho do professor são um grande desafio ao seu equilíbrio emocional e podem levar a diferentes graus de esgotamento mental e perda da motivação e do entusiasmo com o trabalho. E onde existe um estilo de vida profissional que pode levar a um desequilíbrio psíquico costuma existir também condições que não fazem bem à saúde física, em um ciclo vicioso que frequentemente envolve alimentação não saudável, sedentarismo, tabagismo e abuso de substâncias como o álcool. Vamos discutir neste fórum atitudes capazes de promover a sua saúde com forte enfoque em ações preventivas. Sempre estarei alimentando as discussões com as mais recentes pesquisas científicas sobre esse assunto tão importante e a sua opinião e a troca de experiências neste espaço são fundamentais. "

    Acesse aqui!

     
     

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    Natal na Biblioteca Nacional

    via Fátima Campilho

     
     

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    via Capa Dura em Cingapura by Mariana Massarani on 06/11/09


    De 24 a 26 de Novembro.

     
     

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    Jogando também se aprende

     
     

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    via Clube do Explorador Mirim by Museu da Vida on 23/10/09

    Já tem passeio para o final de semana? Aí vai uma sugestão!

    Um video game enorme (são 270m²!) projetado no chão, onde mais de 40 pessoas podem jogar juntas e, de quebra, aprender sobre saúde e controle de epidemias. Gostou da idéia? É só passar no Centro Cultural da Ação da Cidadania, no Rio de Janeiro, e conferir.



    O jogo faz parte da exposição francesa 'Epidemik', que viajou de Paris para cá e fica em cartaz no Rio até 24 de novembro.

    No tabuleiro, os jogadores precisam se unir para enfrentar situações complicadas como um ataque terrorista em Nova Iorque, epidemias de malária e Aids na África e na Ásia e até um surto de dengue no Rio de Janeiro!

    Ao entrar no tabuleiro, cada jogador recebe uma espécie de aura virtual que conta vários tipos de pontos arrecadados ao longo do jogo, como estado de saúde e dinheiro para comprar medicamentos.



    As instruções são dadas por uma tela gigante que fica na frente do tabuleiro. Os jogadores recebem informações sobre como prevenir que cada doença se alastre (por exemplo, usando inseticidas para eliminar o mosquito da dengue).

    Dois detalhes legais: o jogo é acessível a cadeirantes e a exposição é gratuita. Diversão garantida pra todo mundo!

    O Centro Cultural da Ação da Cidadania fica na Avenida Barão de Tefé, 75 (entrada pela rua Coelho E. Castro), Bairro da Saúde, Rio de Janeiro - RJ. A exposição fica aberta de terça a domingo, das 8:30h às 19:30h.

    Trazer a Epidemik para o Brasil é uma iniciativa da Sanofi-Aventis e da Fundação Oswaldo Cruz. Depois do Rio, a exposição vai também para São Paulo, em 2010.

     
     

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    quinta-feira, novembro 05, 2009

    Suzana Gutierrez wants to share "Testes de velocidade de navegadores - Lifehacker"

    Bookmark: http://lifehacker.com/5395555/browser-speed-tests-the-windows-7-results
    Suzana Gutierrez's notes: Firefox 3.6 Beta 1, like every other browser, makes a claim to being "faster." We took Firefox and all the other latest browsers, put them on Windows 7, and ran them through our human-measured speed tests to vet the bragging.

    We've done a good number of these tests now, and the methodology remains much the same here—testing how long it takes for browsers to start up and load pages, and how much memory is eaten up, from a user's perspective. We don't use a fancy multi-protocol benchmarking suite, mostly because each suite is subjective to a developers' preferences and recording errors.

    You can find more of Suzana Gutierrez's bookmarks at
    - http://delicious.com/suzzinha

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