Google Voice
Um só número encontra você em qualquer lugar.
via Sérgio Lima!
A gente ouve e lê muito sobre aplicações de T.I.C., tecnologias de informação e comunicação, no processo de aprendizagem. Eu vejo muito sobre a utilização das novas técnicas "substituindo" as antigas, "arcaicas e ultrapassadas" (coloquei entre aspas porque não concordo com este discurso todo). Fala-se muito em blogs, Orkut, no quase finado Second Life, no quase onipresente Twitter, etc. Parece que o objetivo é que de alguma maneira os professores não tenham que aturar os estudantes e nem os mesmos precisem encarar os professores, sugerindo que a solução para o ensino é netibuque-com-uebicam-e-tuíter para todo mundo. Não sou contra, acho legal experimentar mas não acho que antigas práticas que ajudaram a trazer a humanidade no nível de conhecimento que temos hoje, precisem ou devam ser abandonadas.
Por outro lado, fico bastante entusiasmado – tá, fico excitado – quando vejo uso de novas tecnologias de informação para motivar a procura por novas informações mesmo, como nas "antigas" e insubstituíveis práticas de laboratório. Um exemplo é o trabalho de Carlos Eduardo Aguiar e Anderson Ribeiro de Souza, da UFRJ e do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. O artigo está disponível em http://arxiv.org/abs/0907.3333. A ideia é simples e brilhante: usar o Google Earth para medir a velocidade de navios e barcos. Vou mostrar como se faz, mas sem entrar muito em detalhes matemáticos, para os quais os interessados devem baixar o pdf do artigo. Quando um navio, em águas não muito rasas, o mesmo cria um cone de ondas, chamado de ondas de Kelvin (sim, o lorde Kelvin, o mesmo da temperatura absoluta). Na figura acima, o amarelo dá a direção da velocidade do pato, o vermelho a velocidade de fase da onda. Elas definem um ângulo
e é fácil chegar a
onde é a velocidade do pato e
a velocidade de fase da onda (vou usar as mesmas letras do artigo original). Da mecânica de fluidos, sabemos que a velocidade de fase de uma onda é
onde é o comprimento de onda,
é a profundidade e
, a aceleração da gravidade. Se
é grande comparado com
– vamos logo ver que é mesmo – a equação acima fica mais simples:
No segundo grau, podemos omitir a discussão acima, já que a ideia de limite frequentemente não é apresentada. Combinando a equação acima com a primeira, temos:
Veja que precisamos conhecer e
, mas isto é fácil de conseguir no Google Earth (eu usei o Google Maps mesmo). Eles usaram as barcas que ligam Niterói a uma outra cidade perto de Niterói. Eu usei o barco que está neste endereço pois parecia mais rápido: http://maps.google.com/?ie=UTF8&ll=-22.907235,-43.153186&spn=0.003158,0.004753&t=h&z=18. Carregue o Gimp e use a opção Arquivo→Criar→Captura de Tela. Eu coloco um atraso de dois segundos e selecionar uma região da tela. Capture o barco e a escala (que indica 50m) logo abaixo. Eu fiquei com algo assim:
Use a ferramenta de medida do Gimp, o botão é do compasso ou Shift+M. e meça a distância que corresponde a 50m. Eu encontrei 91 pixels. Anote o seu resultado. Para medir o ângulo
, faça o seguinte: clique na régua logo abaixo do menu e arraste para o meio do desenho. Você tem uma guia horizontal. Rode a figura até que a velocidade do barco fique horizontal, assim:
Use a ferramenta Cores→Limite e mova o botão do meio até que você consiga ver bem as ondas laterais, como uma espinha de peixe:
Use novamente a ferramenta de medida, marcando um ângulo, da guia até a onda (eu fiz uma linha com o lápis e segurando Shift para facilitar a medição do ângulo):
Aqui deu 23°. Meça a distância entre duas ondas (ou duas espinhas), que é o comprimento de onda
. Aqui, deu 33 pixels. Agora é só jogar na fórmula e obter a velocidade do barco. Divida a distância que você acabou de medir (33) pela medida dos 50m (91 pixels). Multiplique por 50m e você terá a distância convertida de pixels em metros. Se jogar na fórmula e usar
m/s², você terá a velocidade em m/s, aí é só multiplicar por 3.6. Este barco estava a 50km/h, se eu não errei nas contas :)
Uma atividade legal pode ser medir a velocidade do catamarã Niterói-outra cidade e comparar com o valor da distância, obtida também pelo Google Earth, pelo tempo da travessia. Esta última (velocidade média) é menor que a do catamarã no meio da baía, ja que boa parte do tempo é perdido na largada e chegada dos mesmos.
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Suzana Gutierrez
às
00:39
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Comecei a usar rss e agregadores em 2003. Na época, o blogger não tinha este recurso e distribuir o conteúdo do blog por rss era trabalho artesanal. Se inseria umas tags em volta do código de postagem do template do blog e se usava um script que parseava o conteúdo fazendo o feed.
((Bah, este texto acima ficou meio old web, mas em síntese: o feed era feito artesanalmente))
Para ler os feeds que eu subscrevia usei o Sharpreader, um aplicativo desktop, depois o Bloglines e, atualmente, o Google Reader (aplicativos web). Mesmo continuando com o Bloglines, hoje uso mais o Google Reader, principalmente pelas formas de classificar e compartilhar o conteúdo lido.
No Google Reader podemos escolher com quem compartilhar nosso conteúdo e, estes amigos, podem escolher se vão ler o que nós estamos compartilhando.
)) leia mais sobre os usos do Google Reader no gutierrez/su
Confesso que quase nunca uso o GTalk, mas uso o Chat do gmail, principalmente fora de casa. Em casa prefiro o Miranda, Samaplace ou Trillian que pegam contatos de várias plataformas, especialmente os MSN dos meus colonizados alunos.
Mas, hoje foi lançado o chat com voz e vídeo do gmail e eu pretendo experimentar.
[leia mais]
Postado por
Suzana Gutierrez
às
21:17
Marcadores: aplicativos, áudio, edublogs, educação, gadgets, google, google reader, imagem, in utilidades, links, mapas, podcast, slideshow, util, vídeo, webdesign, websemantica
Mais uma atualização adicionada ao Google Docs: a possibilidade de construir formulários para pesquisa online.
No meu blog, coloquei um passo a passo de uma primeira experiência e algumas imagens da interface. Siga o link abaixo.
>> formulário google
Postado por
Suzana Gutierrez
às
23:55
Marcadores: google, googledocs, pesquisa, recursos