3 lições que os professores podem aprender com o NING
por Sérgio Lima
Sent to you by Suzana Gutierrez via Google Reader:
Introdução
Como todos já devem saber, o NING pretende mudar seu modelo de negócios e, possivelmente, acabar com todas as contas gratuitas. Além de todo chororô e alvoroço, professores que tem redes no NING já começam a pensar em alternativas. Alguns colegas já botaram o pé na estrada e começaram a desbravar as alternativas:
- Alternaivas ao NING I – Por Mirian Salles;
- Alternativas ao NING II – Por Mirian Salles;
- Alternativas ao NING – Por Fátima Franco;
- Alternativas ao NING pelo Mashable.
Como se pode ver, o problema nem será tanto as alternativas, mas eventualmente o trabalho que se poderá ter para se efetuar a migração de dados e usuários do NING para a nova plataforma escolhida.
Enquanto o momento desta eventual migração não chega, que tal os professores que têm criado suas redes sociais para fins educacionais pensarem um pouco que lições podem tirar deste episódio?
As Três Lições
Lição #1 – Preciso mesmo desta tecnologia?
Tudo aquilo que é simples, fácil e gratuito se torna tentador e, via de regra, professores (e profissionais de um modo geral) tem a mania de achar que "mais é mais" em educação (e em todas as áreas). Mas não é!
Tem redes no NING para 1 turma, para grupos de estudo (pequenos), para eventos isolados e etc… O que proponho para a reflexão é: uma plataforma de interação e produção de conteúdos, como o NING e suas alternativas, não seria um "tiro de canhão para se matar uma mosca" para uma grande parte das necessidades de professores ou grupos de aprendentes?
Não seria possível criar um ambiente de interação, conversações e produção coletiva de conhecimento e/ou conteúdo usando apenas um blogue?
Lição #2 – A plataforma que escolhi facilita migrações futuras?
Muita, mas muita gente boa de educação (e fora dela) acha que o fato de algo ser gratuito é condição suficiente para se adotar como solução tecnológica.
Não consideram o fato, importantíssimo, de que se a tecnologia usa padrões fechados e/ou proprietários você está entrando num aprisionamento tecnológico.
Quaisquer que sejam os objetivos educacionais, que tenham como horizonte o médio e longo prazo, deve-se olhar atentamente se a solução adotada permitirá, caso seja necessário, uma migração para outra solução sem impossibilidades técnicas.
Isto só é possível com soluções e/ou tecnologias que utilizem padrões abertos, documentados e livres!
Se você resolver migrar sua rede do NING para outra plataforma correlata, procure observar com atenção este detalhe.
Lição #3 – Soluções gratuitas são adequadas para o longo prazo?
Como eu já disse antes:
"Embora "peopleware" e pedagogia sejam mais determinantes que a tecnologia em si, como veremos a seguir, a escolha da ferramenta adequada nos poupará trabalho e nos permitirá gastar tutano nas coisas que realmente são as mais importantes: Criar Comunidades de Aprendizagem em torno de uma plataforma."
A maior parte de nós professores já temos muitas tarefas a realizar na tentativa de construir práticas educativas adequadas ao nosso contexto educacional e eficazes para que os alunos aprendam e, mais importante de tudo, aprendam como se aprende.
É natural que escolhamos, num primeiro momento, plataformas gratuitas e simples para as nossas experiências de construção/animação de comunidades de aprendizagem. Mas, na medida que vislumbramos um caminho a seguir (e, em educação, será sempre de médio e longo prazo!) precisamos refletir se soluções gratuitas não contribuirão para que a produção de nossa comunidade fique dispersa na rede no médio e longo prazo.
Não valerá a pena, para um horizonte de médio e longo prazo, se pensar em um domínio próprio e um maior controle da produção da sua comunidade de aprendizagem?
Mesmo que individualmente você não tenha facilidades com as tecnologias necessárias para manter suas soluções por sua própria conta, não valerá a pena, juntar-se a outros professores e organizarem "um condomínio" para a produção deste coletivo?
A ideia de que vivemos em rede (não mais sozinhos nas nossas escrivaninhas) precisa ser traduzida em práticas mais coletivas e colaborativas!
Uma solução paga, para um coletivo, pode ser mais barata do que um cafezinho por dia. Não que eu defenda que não possa existir o "almoço grátis!", mas o ponto crucial é: se você acredita no seu trabalho, por que não investir, um pouco, para que ele tenha garantia de presença e organização na web no médio e longo prazo?
Conclusões provisórias
Eu não quero trazer certezas com este texto! Eu quero que professores, educadores e gestores de espaços educacionais pensem para além do curto prazo, da solução imediata para o próximo mês.
Educação é algo muito importante para que tenhamos sempre soluções improvisadas e não ponderadas. Reflexão e ação, em qualquer área, assim como em Educação, deve ser a regra e não a exceção.
PS: Das redes NING que eu mantenho (duas), pretendo ficar com apenas uma. Dependendo das políticas de preço que serão implementadas prentendo mantê-la no NING. Caso seja necessário uma migração, pretendo migrar para a solução wordpress + budypress.
PPS: Na mesma linha de discutir além do óbvio a Lilian Starobinas tece algumas considerações importantes sobre as mudanças no NING. Aponte seu navegador para o endereço abaixo:
http://discursocitado.blogspot.com/2010/04/perdas-e-danos.html
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